Joana Pitta

Não estamos numa época dourada

Com a escultura “Não estamos numa época dourada”, a artista reflete sobre o desconforto, social, político e ambiental, que se sente nos dias de hoje.

O trabalho apresenta-se sob a forma retangular e em tons esverdeados.

As lâminas transparecem imagens recortadas com diferentes tonalidades inspiradas nas folhas da árvore sobrevivente ginkgo biloba. O trabalho lê-se olhando de baixo para cima numa tentativa de forçar o espectador a contemplar a nossa finitude de outro ângulo. Como uma meditação, o trabalho ecoa um padrão que dá indícios de água e as sombras produzidas sugerem a ondulação.

Já visto de frente, o trabalho sugere a poluição do ar e mudanças climáticas, a atmosfera e os oceanos sobrecarregados de carbono.

Recordam-se das estações do ano?… A primavera era primavera, e o outono era outono.

Parece que o tempo ganhou personalidade e tanto se tenta suster como se descontrola, parece que está de acordo com a nossa existência.

Com esta obra a artista consegue fazer o paralelismo das suas ações: faz, compra, imprime, pinta, recorta, cola, imprime, pinta, recorta, cola, imprime, pinta, recorta, cola… com o consumismo que observamos no nosso dia a dia.

Ficha Técnica

Tipo – Escultura
Técnica – Caixa acrílica, impressão em película, MDF
Dimensões – 98 x 174 x 10 cm

Biografia

Joana Pitta (1993) nasce, vive e trabalha em Lisboa. Concluiu a licenciatura em escultura e o mestrado em multimédia (vertente de Audiovisuais) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Portugal. Das várias exposições que realizou destacam-se: XXX BIENAL DE ARTE INTERNACIONAL DE CERVEIRA, 6ª Bienal Internacional de Arte de Espinho; 4ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE GAIA; XVI Edição do Prémio de Pintura e Escultura de Sintra D. Fernando II, Sintra; Película passageira, Galeria António Prates, Lisboa; Filmica Joana Pitta & Pat O’Neill, Monitor Lisbon Gallery, Lisboa; SINGULAR PACE, Zet Gallery, Braga. Foi convidada em 2020 para participar na exposição, Amália um olhar contemporâneo na Galeria António Prates, Lisboa.

Em 2021, recebeu Menção Honrosa, na 6ª Bienal Internacional de Arte de Espinho com a peça “Cartografia”, 2021; Menção Honrosa, Galeria António Prates, Amália um Olhar contemporâneo com a peça “Amália”, 2020; Menção Honrosa em Pintura, na XV Edição do Prémio de Pintura e Escultura de Sintra D. Fernando II com a peça “Nome genérico de todas as faixas de terreno” em 2019. Prémios GAB-A 12ª edição, 2018; Prémio Luzlinar bolsa para residência artística, 2018; Prémio Zet Gallery, 2018.