5 momentos que marcaram a vida de Mick Jagger

O vocalista dos Rolling Stones é uma das figuras da exposição “Terry O’Neill – Faces of The Stars” e completa esta terça feira 73 anos. Recorde aqui os momentos mais marcantes da vida e carreira deste verdadeiro dinossauro do rock.

Mick Jagger é um dinossauro do Rock. É um membro de um período quase em extinção. O vocalista dos Rolling Stones completa 73 anos esta terça feira, dia 26 de julho, mas já garantiu há muito a imortalidade na história da música. E é uma das 50 personalidades presentes na exposição “Terry O’Neill – Faces of the Stars” que vai estar na Praça Central do Centro Colombo, no âmbito do projeto “A Arte Chegou ao Colombo”, até ao dia 28 de setembro.

Jagger definiu o padrão segundo o qual muitos se regem para chegar ao topo no mundo da música. É reconhecido como um dos maiores líderes vocais de todos os tempos e sempre teve bem assente o que significa ser o cantor de uma banda de rock, ou qualquer outro tipo de grupo musical durante os seus 50 anos de carreira. No estúdio ou no palco, ele e os restantes membros dos Rolling Stones já se apresentaram a mais público do que qualquer banda na história.

Os Rolling Stones já venderam mais de 200 milhões de discos em todo o mundo.

O agora septuagenário cantor entrou na London School of Economics para estudar economia, em 1960. No entanto, durante esse período já investia na sua carreira musical e, quando precisou de escolher um caminho, não teve dúvida e largou o curso. Por esta altura já conhecia o guitarrista Keith Richards, com quem começou a experimentar os sons dos Blues, ainda emergente naquela altura, na capital britânica. Pouco depois, conheceram o também guitarrista Brian Jones. E é nesta altura que surge o projeto embrião do que viria a ser os The Rolling Stones.

Hoje, a banda é considerada uma das maiores e mais famosas de Rock and Roll de todos os tempos e que conta já com 200 milhões de discos vendidos ao longo de 50 anos.

Sexo, drogas e rock’ n roll
A sua vida sempre esteve sob os holofotes, não apenas pelo seu percurso musical, mas também pela irreverente vida pessoal, com drogas, prisão, tentativas de assassinato e bissexualidade, em evidência na sua relação com David Bowie – que também está em destaque na exposição “Terry O’Neill – Faces of The Stars”.

Aliás, a anterior mulher de Bowie chegou mesmo a apanhar as duas estrelas de rock num momento constrangedor: ao chegar a casa, entrou no quarto e viu Jagger e o marido, nus e juntos na sua cama. O momento vem detalhadamente descrito na biografia não autorizada do vocalista dos Rolling Stones – “Mick: The Wild Life and Mad Genius of Jagger” – do jornalista Christopher Anderson.

Jagger teve relacionamentos conjugais e extraconjugais com mulheres atraentes e famosas como Marianne Faithfull, Bianca Jagger, Jerry Hall, Carla Bruni e Angelina Jolie.

A edição não existe em Portugal, mas não faltam livros sobre a vida de Jagger. Outra igualmente famosa chama-se apenas “Mick Jagger” e custa 22€ na Fnac. Nessa obra, Philip Norman refaz os passos da consagração do artista e revela como se tornou num semideus do Rock, irreverente e milionário. O autor acompanha com alguma intimidade o mito do vocalista, a evolução da banda, a criação de clássicos como “Satisfaction”, “Jumpin` Jack Flash”, “Brown sugar” e “Start me up”, numa extraordinária viagem cheia de escândalos e conspirações, temporadas na prisão, hordas de admiradoras e um título de Sir.

O rocker que já é bisavô
Mick Jagger tem sete filhos, com idades entre os 17 e os 45 anos, cinco netos e um bisneto. Mas não fica por aqui e vai agora ser pai pela oitava vez, com a sua namorada Melanie Hamrick, que está grávida de quatro meses. O filho mais novo, Lucas Jagger, foi concebido com a apresentadora e modelo brasileira Luciana Gimenez. Com Jerry Hall, Jagger teve quatro filhos: Elizabeth, James, Georgia e Gabriel. É também pai de Karis, fruto de um relacionamento com Marsha Junt, e de Jade, filha dele com Bianca Jagger.

Ao longo da sua vida teve relacionamentos conjugais e extraconjugais com mulheres atraentes e famosas como Marianne Faithfull, Bianca Jagger, Jerry Hall, Carla Bruni e Angelina Jolie. Hoje, Sir Mick Jagger é um respeitado avô de quase 73 anos, mas a sua personagem e voz ainda inspiram admiradores, fazem suspirar muitas mulheres e sacode-se vitalmente como ninguém.

Muito recentemente voltou a fazer história, no passado 25 de março, quando os Rolling Stones deram um concerto gratuito em Havana (Cuba), com a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Este foi um marco que mostrou a normalizada relação de Cuba com o país norte-americano.

Para celebrar os 73 anos desta lenda viva da música, mostramos-lhe aqui alguns dos momentos mais marcantes da vida de Mick Jagger:

A relação de amor/ódio com Keith Richards
A relação do músico com o seu colega de banda, Keith Richards é frequentemente descrita como de amor/ódio. Jagger e Richards conhecem-se desde a escola primária, em Dartford. Após terem ido para escolas diferentes, perderam o contacto, mas reencontraram-se anos depois e percebendo que partilhavam a mesma paixão pelo Rhytm and Blues planearam começar uma banda. Desde então nunca mais se separaram e deram origem a uma que hoje é das maiores bandas de Rock de sempre.


O envolvimento com David Bowie
Jagger passou por um período em que tinha dúvidas sobre suas preferências sexuais e durante essa época nutria um mediático fascínio por David Bowie, que por seu lado, admitia a sua bissexualidade. Esse deslumbramento ia muito para além da conceção do artista. Aliás, a relação de ambos vem descrita na biografia sobre o vocalista dos The Rolling Stones. Os cantores fizeram um dueto memorável, onde cantaram uma versão de “Dancing In The Street”, em 1985. A ideia inicial era a de fazerem um dueto no Live Aid, mas a ligação por satélite obrigava a um segundo de delay e consequentemente, a fazerem um playback. Sendo assim, optaram por gravar em Abbey Road e, numa tarde, gravaram uma versão de “Dancing in The Street”, original de 1964 de Martha and The Vandellas.

A vida além da música
O vocalista da banda britânica também se interessou pela dramaturgia. Embora sem grande sucesso nas suas várias atuações, teve um papel de destaque em “Freejack – Os Imortais” (1992), ao lado de Anthony Hopkins.


Sir Mick Jagger
Em 2002, Mick Jagger recebeu o título de Sir (cavaleiro) pelas mãos do príncipe Carlos de Inglaterra, no Palácio de Buckingham, em reconhecimento pelos seus serviços prestados à música e durante o Queen’s Birthday Honours. Consta que a rainha Elizabeth II se teria recusado a conceder-lhe a nobreza em pessoa, referindo os seus preconceitos contra o cantor. Aliás, o título levou a reações diversas e o seu colega, o guitarrista Keith Richards, não aceitou muito bem, afirmando mesmo ter achado “ridículo” que o vocalista aceitasse “um desses louros do ‘establishment'”, especialmente quando a família real britânica fez tudo para os meter “na cadeia”.

Homicídio a metros do palco
Durante o Altamont Music Festival, um jovem norte-americano, Meredith Hunter, foi assassinado em pleno concerto dos Rolling Stones, a poucos metros da banda por um membro do grupo de motociclistas Hell’s Angels. Os Hell’s Angels faziam a segurança do evento e, após o crime, Mick Jagger disse não voltar a querer os serviços do grupo.

A morte de Brian Jones
Em 1969, o guitarrista da banda, Brian Jones foi encontrado afogado na piscina da sua casa – o que mais tarde acabaria por se saber ter sido um homicídio cometido por um dos empregados da casa. Jones foi um dos pioneiros da banda, juntamente com o vocalista e Keith Richards. A rebeldia que caracterizaria os Stones em oposição aos Beatles teve origem no espírito de Brian Jones, que sempre criou problemas com autoridades. O guitarrista abusava de álcool, LSD e metanfetaminas, entre outras drogas da época. A sua morte afetou de tal forma Jagger que acabaria por fazê-lo mudar certos hábitos de vida.

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