Amy Winehouse: as músicas que ficam para a história

Já passaram 5 anos desde a morte de uma das vozes mais notáveis de sempre. Amy Winehouse é um dos nomes que ficará para sempre na história da música e é uma das figuras em destaque em A Arte Chegou ao Colombo. Recorde aqui algumas das suas músicas mais icónicas.

Dia 23 de julho de 2011: o mundo acorda com a notícia chocante da morte de Amy Winehouse. A intérprete e compositora do single “Rehab”, Amy Winehouse era uma pin-up moderna com uma voz que gozava de um poderoso e profundo contralto vocal e ficará para sempre na história da música. Este sábado passam 5 anos desde esse dia, mas o seu estilo musical e visual são eternos. Recorde aqui os sons com que a cantora escreveu o seu nome na história da música.

Amy foi captada pela objetiva de Terry O’Neill durante o megaconcerto de Londres para o 90.º aniversário de Nelson Mandela, onde entoou o histórico refrão “Free Nelson Mandela” e aproveitou para pedir a libertação do marido, então encarcerado numa cadeia britânica. Essa fotografia faz parte da exposição “Terry O’Neill – Faces of the Stars”, inserida no âmbito do projeto “A Arte Chegou ao Colombo” e está patente na Praça Central do Centro Colombo, entre as 10h e as 24h, até dia 28 de setembro.

A cantora destacou-se por ter trazido de volta o estilo retro, que foi aclamando seguidoras, nas suas roupas coloridas de tendência Vintage, na maquilhagem olho-de-gato e no cabelo volumoso, com fios longos despenteados e franja lateral em poupa, apanhado com fitas bandana. No fundo, Amy refletia no visual as referências Vintage de que se apropriava nas suas composições.

Amy Winehouse destacou-se por ter trazido de volta o estilo retro, pelas suas roupas coloridas de tendência Vintage, pela  maquilhagem olho-de-gato e cabelo volumoso

A família da intérprete britânica já tinha uma forte tradição musical ligada ao jazz e, por isso, cedo ingressou na carreira artística, apresentando-se em pequenos clubes de Londres. O seu talento auspicioso rapidamente despertou o interesse das companhias discográficas, tendo assinado um contrato de gravação com a Island Records, em 2002.

Winehouse era conhecida pela mistura eclética de géneros musicais, com elementos do soul, jazz, Motown, neo soul, R&B e tons sutis de reggae e de ritmos caribenhos, como o ska. Foi mesmo apontada pelos especialistas como a responsável por desencadear a revolução a que se assistiu na música soul dos anos 2000.

Apesar de uma carreira ascendente, os seus problemas pessoais levaram progressivamente à sua decadência, ainda no auge. O conturbado relacionamento com o ex-assistente de vídeo Blake Fielder-Civil, o abuso de substâncias psicoativas e a constante perda de peso tornaram-se assuntos recorrentes na comunicação social e foi gradualmente trocando o aspeto saudável por uma palidez cadavérica.

Apesar de se mostrar cada vez mais agressiva e psicologicamente instável, a Universal foi ignorando estes factos e continuou a agendar-lhe concertos, muitos dos quais tiveram resultados desastrosos, tal como acontecera no Rock in Rio Lisboa, em Portugal, onde se apresentou como “uma criatura trôpega, que não conseguia cantar, nem tocar guitarra”, tal como descrevera o jornal Público.

A cantora era conhecida pela mistura eclética de géneros musicais, com elementos do soul, jazz, Motown, neo soul, R&B e tons sutis de reggae e de ritmos caribenhos, como o ska.

A saúde da cantora já estava bastante debilitada e devido ao abuso de drogas, álcool e nicotina, foi diagnosticada com um estágio de inicial de enfisema pulmonar – condição que, segundo os especialistas, se se voltasse a drogar a levaria a arruinar a voz mas também a perder a vida.
Depois de vários tratamentos oscilantes, abandonados a meio, por volta das 15h54 do dia 23 de julho de 2011, duas ambulâncias foram chamadas à casa do número 30 de Camden Square, em Londres, para atender uma mulher desfalecida. Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas confirmaram a morte de Amy Winehouse.

A cantora lançou apenas dois álbuns de estúdio, “Frank” e “Back to Black”, acompanhados de três EPs e um vídeo, “I Told You I Was Trouble: Live in London”. Em 2011, foi compilado o disco póstumo “Lioness: Hidden Treasures”, que vendeu 2,4 milhões de cópias em todo o mundo no ano de lançamento. Ambos os discos podem ser encontrados na Fnac: “Back to Black” custa 19,90€ e “Frank” tem o valor de 11,90€.

Recorde aqui os cinco singles que a deixaram na história da música:

Back To Black (2006) – é o single homónimo do segundo álbum de estúdio da cantora e compositora britânica. Foi lançado inicialmente na Irlanda a 27 de outubro de 2006 e, três dias depois, no Reino Unido através da editora discográfica Island Records. Foi de imediato muito bem aceite pela crítica e descrito como um dos melhores registros de soul da música moderna, um clássico de R&B.


Valerie (2006) – a canção foi originalmente gravada pelo grupo musical britânico The Zutons, mas só quando regravada por Amy Winehouse conseguiu expandir-se para além do território europeu. Nesta versão, a obra deriva dos estilos R&B e soul, sendo que a letra não sofreu alterações em relação à original.


You Know I’m No Good – Foi escrita pela própria artista, e produzida por Mark Ronson. Agrega elementos de R&B, soul e jazz dos anos 1960 e a temática lírica alude à infidelidade da cantora para com o seu parceiro. Foi catalogada na 77.ª colocação da Billboard Hot 100, além das 17.ª e 46.ª posições na R&B Songs e Digital Songs, respetivamente. Foi ainda posicionada no segundo lugar pela revista norte-americana Entertainment Weekly da lista “Melhores Músicas de 2007”.


Rehab (2006) – esta fica conhecida como a canção-assinatura de Winehouse. Atingiu recordes de vendas nos territórios britânico e norte-americano. A música alude a uma das suas tentativas de recuperação da toxicodependência, após os seus empresários tentarem interna-la num centro de reabilitação. Enquanto contava isso a Mark Ronson, ele teve a ideia da composição e apresentou-a à artista, que escreveu a canção em apenas três horas, gravando-a de seguida. O disco foi o mais vendido do mundo em 2007, com seis milhões de cópias comercializadas. Ainda venceu cinco troféus durante a 50.ª edição dos Grammy Awards, em 2008. O single consagrou a cantora como a britânica mais premiada em apenas uma edição do supracitado galardão.


Love Is a Losing Game – Winehouse escreveu esta canção, que soa como um velho clássico, onde vai recordando a sofisticação de “Dusty em Memphis”. Em 2008, ganhou o prémio de Best Song Musically and Lyrically no Ivor Novello Awards, na Inglaterra.


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