Amy Winehouse: uma voz que nunca se calará

Se fosse viva, a cantora britânica faria esta quarta, dia 14 de setembro, 33 anos. A diva que desapareceu há 5 anos é uma das figuras em destaque na exposição Terry O’Neill – “Faces of The Stars”, no âmbito do projeto “A Arte Chegou ao Colombo”.

Se fosse viva, Amy Winehouse faria 33 anos esta quarta-feira, dia 14 de setembro. A cantora britânica desapareceu no auge da sua vida e carreira, mas o seu trabalho é eterno. Amy continua a ser lembrada por uma legião de fãs que faz questão de não a esquecer e é uma das figuras em destaque na exposição Terry O’Neill – “Faces of The Stars”, no âmbito do projeto “A Arte Chegou ao Colombo”.

Temas da artista, como “Rehab” e “Back to Black”, eram indicadores de comportamentos subversivos, hábitos esses que encurtaram a sua bem-sucedida carreira musical e existência. A cantora morreu aos 27 anos, vítima do consumo abusivo de álcool após um período de abstinência – Amy começou sua turbulenta incursão no mundo das drogas e do álcool, ao lado do seu namorado, o músico Blake Fielder-Civil.

Foi o ícone de uma geração, reconhecida desde muito jovem devido ao poder da sua voz inigualável. A verdade é que a vida dela nunca foi monótona, tanto que deu um filme. O produtor James Gay-Rees convidou o realizador Asif Kapadia – que recebeu um BAFTA por “Senna”, uma obra biográfica do piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna – para lhe dar “vida”. O resultado foi “Amy”, um documentário que segue o crescimento da cantora no meio musical e as transformações que foi sofrendo.

A letra de algumas das suas canções serviu para construir uma espécie de mapa narrativo para a história. Conta com testemunhos, músicas inéditas e imagens de arquivo. O filme começa com a artista ainda adolescente, com 15 anos, num momento familiar em que solta a voz e todos ficam paralisados. O documentário está à venda na Fnac e custa 14,99€.

Amy Winehouse teve seu auge em 2008, quando ganhou cinco Grammys. E apesar de apenas ter lançado dois discos – “Frank” (2003) e “Back To Black” (2006) –, estes tiveram um sucesso retumbante e os seus temas continuam a soar nas rádios de todo o mundo.

Back To Black

É o single homónimo do segundo álbum de estúdio da cantora e compositora britânica. Foi lançado inicialmente na Irlanda a 27 de outubro de 2006 e, três dias depois, no Reino Unido através da editora discográfica Island Records. Foi de imediato muito bem aceite pela crítica e descrito como um dos melhores registros de soul da música moderna, um clássico de R&B.


Valerie

A canção foi originalmente gravada pelo grupo musical britânico The Zutons, mas só quando regravada por Amy Winehouse conseguiu expandir-se para além do território europeu. Nesta versão, a obra deriva dos estilos R&B e soul, sendo que a letra não sofreu alterações em relação ao original.


You Know I’m No Good

Foi escrita pela própria artista, e produzida por Mark Ronson. Agrega elementos de R&B, soul e jazz dos anos 1960 e a temática lírica alude à infidelidade da cantora para com o seu parceiro. Foi catalogada na 77.ª colocação da Billboard Hot 100, além das 17.ª e 46.ª posições na R&B Songs e Digital Songs, respetivamente. Foi ainda posicionada no segundo lugar pela revista norte-americana Entertainment Weekly da lista “Melhores Músicas de 2007”.


Rehab

Esta fica conhecida como a canção-assinatura de Winehouse. Atingiu recordes de vendas nos territórios britânico e norte-americano. A música alude a uma das suas tentativas de recuperação da toxicodependência, após os seus empresários tentarem interná-la num centro de reabilitação.

Enquanto contava isso a Mark Ronson, ele teve a ideia da composição e apresentou-a à artista, que escreveu a canção em apenas três horas, gravando-a de seguida. O disco foi o mais vendido do mundo em 2007, com seis milhões de cópias comercializadas. Ainda venceu cinco troféus durante a 50.ª edição dos Grammy Awards, em 2008. O single consagrou a cantora como a britânica mais premiada em apenas uma edição do supracitado galardão. Oiça aqui a música.


Love Is a Losing Game

Winehouse escreveu esta canção, que soa como um velho clássico, onde vai recordando a sofisticação de “Dusty em Memphis”. Em 2008, ganhou o prémio de Best Song Musically and Lyrically no Ivor Novello Awards, na Inglaterra. Oiça aqui a música.


 

 

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