Os 5 papéis mais marcantes da carreira de Sean Connery

O escocês completa 86 anos esta quinta, dia 25 de agosto. Recordamos cinco das suas interpretações que fizeram do ator um ícone do cinema.

Na ficção, o seu nome já foi Bond, James Bond e indubitavelmente o agente secreto com mais carisma do cinema. Sean Connery é uma das personalidades em destaque na exposição Terry O’Neill – “Faces of The Stars”, no âmbito do projeto “A Arte Chegou ao Colombo”

O ditado que afirma que algumas pessoas envelhecem como vinho do Porto nunca foi tão bem aplicado como quando dirigido a este ator britânico, nascido na Escócia, que já completa 86 anos no próximo dia 25 de agosto.

O actor que celebra 86 anos esta semana conta com uma carreira de quase 90 filmes e um Óscar

Após quase 90 filmes e um Óscar, muito charme e talento somados, Connery é devidamente estimado como um dos maiores ícones do cinema e um ator de primeira instância. Embora outros se seguiram, foi o primeiro agente 007 e já votado como o melhor. Estreou-se no papel em “007 Contra o Satânico Dr. No”, em 1962, marcando o arranque de uma das mais longas e bem-sucedidas sequências cinematográficas, tendo participado em seis dos filmes.

O intérprete é um dos maiores apoiantes e colaboradores financeiros do Partido Nacional Escocês. Apesar de ter lutado pela causa da independência da Escócia durante toda a sua vida, foi consagrado Sir pela rainha Elizabeth II, em 2000, pela sua contribuição às artes cinematográficas e ao Império Britânico. A cerimónia foi realizada a seu pedido no país escocês, onde compareceu vestido com o seu típico traje – um kilt do clã MacLean. Antes disso, recebera a Legião de Honra pelo governo francês, em 1991.

Antes de chegar aqui, Connery foi leiteiro, motorista de um camião, polidor de caixões e modelo no concurso de Mister Universo, o que acabou por lhe abrir portas para a interpretação. No cinema, foi muito mais. Para além de agente secreto do MI6 britânico, personagem criada pelo escritor Ian Fleming com o mítico número 007, emprestou ainda a voz ao dragão Draco em “Coração de Dragão” (1996), foi Robin Hood (Robin dos Bosques) ao lado de Audrey Hepburn (“Robin e Marian”, 1976) e o pai do Indiana Jones nas suas numerosas aventuras. E não só.

São-lhe ainda atribuídos alguns atos beneméritos. Sean Connery doou todo o dinheiro que recebeu pelo seu papel como rei Ricardo III, em “Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões” (1991), para uma instituição de caridade. Fez o mesmo com o salário que recebeu em “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971).

Recordamos cinco dos papéis mais marcantes do ator:

O Nome da Rosa (1986)

Foi William de Baskerville no filme baseado na obra homónima do escritor italiano Humberto Eco. Na história, passada em 1327, um monge franciscano (Connery) é chamado a um mosteiro para ajudar a resolver uma série de misteriosos assassinatos. Apesar da resistência de alguns dos religiosos, leva a investigação avante. É um filme ao estilo de Sherlock Holmes passado na era medieval. A produção é dirigida por Jean-Jacques Annaud. Pelo seu papel, o ator escocês recebeu o BAFTA de Melhor Ator.

Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)

O ator surge no terceiro filme da saga como o pai do aventureiro Indiana Jones, com quem tem uma relação difícil. Na história, acaba sequestrado pelos nazistas, interessados no Santo Graal e o filho tem de ajudá-lo. Nesta obra de Steven Spielberg, Connery é a alma do filme, roubando a atenção a Harrison Ford.

Os Intocáveis (1987)

Um grupo de polícias honestos enfrentam Al Capone e todos os agentes corruptos de Chicago dos anos 1930. Sean Connery ganhou o merecido Óscar de Melhor Ator Secundário ao interpretar um polícia irlandês reformado. Este é também um dos melhoresfilmes de Brian DePalma.

O Homem que Queria ser Rei(1975)

Connery e Michael Caine são dois ex-soldados expulsos do exército, que no século XIX vão para a Índia, então sob domínio da Grã-Bretanha, onde vivem de tráfico. Quando um dia encontram um reino remoto atacado por invasores, decidem ajudar a salvar os habitantes. Como forma de agradecimento, David (Sean Connery) é aclamado rei e decide ficar. O filme baseado na obra de Rudyard Kipling, é realizado por John Huston e, como muitos dos seus filmes, é uma crítica ao imperialismo britânico.

007 contra o Satânico Dr. No (1962)

É sempre difícil escolher um entre os inúmeros James Bond, mas o primeiro foi um marco no cinema. Aqui, o agente 007 (Connery) enfrenta um cientista determinado a destruir o programa espacial norte-americano. O filme de Terence Young foi um enorme sucesso e relembrado durante décadas.

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