Um mergulho na obra de Maria Helena Vieira da Silva, no mar da criatividade da dupla Oskar & Gaspar e nas ondas da melodia de Rodrigo Leão. É assim a nona edição de A Arte Chegou ao Colombo.

Inaugurada a 26 de junho na Praça Central do Centro Colombo, não há melhor forma de definir esta exposição imersiva na obra de uma das mais notáveis artistas portuguesas do que usar o oceano no sentido figurado. Pela imensidão do valor artístico ali representado, pelo que os estímulos sensoriais nos levam a sentir, por toda a profundidade da arte que ali se apresenta.

Durante dois meses, a descoberta deste novo caminho marítimo artístico passa obrigatoriamente pelo Colombo. Até 26 de agosto, pode despertar para este mar de emoções, conhecendo através desta experiência imersiva a obra incomparável de Maria Helena Vieira da Silva.

São três espaços distintos, com características próprias, que “são primeiro um reflexo da obra de Vieira da Silva e depois também uma tela em branco para voltar a receber a obra dela”, como explicou o arquiteto Ricardo Gomes, do KWY Studio, responsável pela conceção deste museu digital temporário, que abriu assim as portas aos nossos visitantes no passado dia 26 de junho, pelas 18h.

Foi Paulo Gomes, diretor do nosso Centro, quem subiu primeiro ao palco para fazer as honras da abertura: “A missão do Colombo em A Arte Chegou ao Colombo é muito simples: remover o obstáculo que afasta os visitantes da arte”. Uma declaração que serviu de convite a todos os parceiros envolvidos em “Vieira da Silva. Exposição Imersiva na Obra da Artista” a apresentarem-se, seguindo-se o live act de Rodrigo Leão, o curador musical e compositor desta mostra.

Esta edição de A Arte Chegou ao Colombo conta com a parceria da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (FASVS), que fez a seleção das obras em exposição, garantindo a qualidade, representatividade do percurso e o respeito pela integridade da obra da artista. Foi assim que no ano em que a abertura do Museu ao público comemora 25 anos, a FASVS e o nosso Centro se uniram para apresentar este projeto.

“Queria dar-vos uma palavra em nome do conselho de Administração da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e essa palavra é: obrigado. Muito obrigado, em primeiro lugar, ao Colombo por ter proporcionado a possibilidade de fazermos aqui esta exposição. Depois, quero fazer-vos também um convite: venham à Fundação, serão muito bem recebidos. Depois de verem aqui a obra de uma forma imersiva, vê-la no museu tal como Vieira da Silva a pintou será outra parte da experiência”, sublinhou António Gomes de Pinho, presidente da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.

Numa associação inédita nas edições da AACC, esta exposição conta com a atribuição do Selo da Presidência da República Portuguesa, demonstrando a sua relevância para a cultura portuguesa. Juntam-se ainda ao projecto a Fundação Millennium bcp e o Millennium bcp, numa vertente que procura além de celebrar a arte de Maria Helena Vieira da Silva, envolver e mobilizar a sociedade civil numa campanha de donativos associados à exposição que no fim do projeto permitirá reverter o montante para a aquisição de novas obras para o acervo do Museu. Celebra-se ainda a parceria com a RTP nesta exposição ao apoiar a divulgação do projeto junto de um público mais vasto.

Celebrada numa exposição que une várias áreas artísticas, Vieira da Silva dá-se assim a conhecer pela criatividade do colectivo Oskar & Gaspar e pela banda sonora de Rodrigo Leão. Uma experiência mágica, em animação 3D, que nos faz mergulhar de cabeça na obra da pintora portuguesa, enquanto a melodia ímpar de Rodrigo Leão nos conta a história do legado da artista como se de notas biográficas se tratassem.

Guillaume e Francisco, da dupla Oskar & Gaspar, escusaram-se a grandes apresentações, já que o resultado da sua criatividade estava à vista de todos. “Hoje é mais fácil perceberem o que fazemos. O nosso trabalho está todo  aqui. E se sentirem que estão a mergulhar dentro dos quadros de Vieira da Silva, o nosso objetivo foi conseguido”. 

Nós sentimos. Embalados pela criatividade desta dupla e pelas notas musicais de Rodrigo Leão, num casamento perfeito de estímulos visuais e auditivos. Uma imersão completa na obra da artista e objetivo superado!

Em jeito de despedida, Rodrigo Leão fechou o seu live act: “Passem um bom momento na nossa companhia”. Nós passámos, seguramente. E os nossos visitantes também o podem fazer até 26 de agosto.

Estamos à sua espera. E até lá, veja aqui os melhores momentos da inauguração do evento: