Dia 22 de agosto, as obras inspiradas no livro “Jane Eyre”, de Charlotte Brontë, vão dar lugar a 21 novas gravuras de Paula Rego, desta vez influenciadas pelo universo de Peter Pan. Esta nova coleção junta-se à série “Prince Pig” (que resultou num livro infantil de Isabel Minhós Martins, 2006), “Shakespeare’s Room” (2006), “The Cigarette” (2006)”, “Gata Branca” (1994), e à peça central, “A Fada Azul conta um segredo ao Pinóquio” (1996).

A artista tem feito um percurso que cruza frequentemente o universo das histórias pessoais com os contos tradicionais, com a literatura, o teatro ou o cinema infantil. E é exatamente por esta sua abordagem, pessoal, que as histórias ganham uma dimensão maior.

O seu interesse por estas áreas começa a manifestar-se por volta dos anos 1950 – 1960. No entanto adensa-se a partir de 1976, quando Paula Rego ganha uma Bolsa da Fundação Gulbenkian para aprofundar o estudo dos contos tradicionais e dos contos de fadas. Para isso, a artista ruma aos museus e bibliotecas londrinos, reunindo um grande conjunto de imagens de histórias, do século XVII ao início do século XX, que seriam posteriormente reproduzidos por si.

É neste contexto que a artista acaba por ilustrar o conto infantil Peter Pan, escrito em 1911 por J.M. Barrie e que chega a Portugal, em 2005, pela editora Cavalo de Ferro, com tradução de José Manuel Lopes. É com base neste livro, que chegam à Praça Central do Colombo, as novas 21 gravuras que substituirão a série dedicada a “Jane Eyre”.

Mais um motivo para conhecer de perto a vida e obra da mais prestigiada artista contemporânea portuguesa. No seu Colombo.